Com os 12% desejados pela comissão, a renda das empregadas domésticas ficaria em R$ 979,72, mais R$ 39,72 do que consta no projeto. A primeira faixa, dos trabalhadores agropecuários, elevaria para R$ 931,63. Já a última, dos profissionais de Nível Superior, R$ 2.499,68.
No entanto, se prevalecer a proposta do governo os valores pagos às categorias ficariam entre R$ 894,20 (para faixa 1) e R$ 2.399,24 (faixa 9). Já as domésticas receberiam R$ 940,35.
“O índice de 7,5% está muito abaixo dos 19,67% proposto pelos sindicatos dos trabalhadores. Na terça-feira o projeto entra em pauta e pode receber emendas. Espero consenso sobre um valor intermediário na reunião do Colégio de Líderes, na quarta-feira. Acho 12% um índice razoável”, aposta o deputado Paulo Ramos (Psol), presidente da comissão de Trabalho.
Ramos informa que após ser aprovado pela Alerj, o projeto segue para o governador Luiz Fernando Pezão sancionar em no máximo 15 dias úteis. “Caso haja veto do Executivo, o projeto volta à Alerj para os deputados derrubarem ou não a decisão do governador. Neste caso, o presidente da Casa, Jorge Picciani sanciona a lei independente do que for decidido em plenário”, acrescenta.
Representante da CUT no Conselho Estadual de Trabalho e Renda, Indalécio Wanderley diz que os trabalhadores insistirão no aumento de 19,67%. “É a primeira vez em oito anos que a proposta do governo do estado é menor que o aumento do salário mínimo nacional (8,8%). Estão querendo achatar mais ainda o salário dos dois milhões de trabalhadores do Rio”, reclama o sindicalista.
Natam Schipper, representante da Fecomércio no conselho, afirma que 7,5% é um índice que dá para o empresariado arcar. “O Brasil está em uma situação econômica muito difícil hoje. Entendo a reclamação dos sindicalistas, mas eles precisam entender que as empresas não têm condições de pagar mais que isso”, diz.
HENRIQUE MORAES