Greve nas capitais amanhã

  Quinta-feira às 15:57 em 13 de Junho de 2019     0

 

Greve deve afetar transporte e aulas nas capitais amanhã; veja o que para.

A greve geral mobilizada pelas centrais sindicais para amanhã deve afetar o transporte e as aulas em capitais brasileiras já a partir da madrugada de sexta-feira, quando motoristas e cobradores de ônibus, metroviários e professores devem cruzar os braços em protesto.

A ação é contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) e que está em análise pelo Congresso, mas também por mais empregos e contra o contingenciamento de gastos em instituições públicas de ensino - o que já foi motivo para as manifestações de 15 e 30 de maio, encabeçadas pelos profissionais da Educação.

A paralisação convocada para esta sexta-feira por centrais como CUT e Força Sindical deverá contar também com a participação de bancários, metalúrgicos, portuários, mototaxistas e servidores públicos, entre outros trabalhadores. Atos estão programados para ocorrer nas principais avenidas de capitais e grandes cidades do país.

Veja a seguir como ficam os serviços de transporte e ensino amanhã em algumas das capitais brasileiras:

São Paulo

Transporte: As linhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que transportam cerca de 7 milhões de passageiros por dia na região metropolitana, devem operar parcialmente. As linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral e 12-safira, da CPTM, e as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata, do metrô, não devem operar, segundo os sindicatos.

Os trabalhadores nas linhas 8-diamante, 9-esmeralda e 13-jade, da CPTM, foram liberados pelo sindicato Sorocabana para decidirem individualmente se param ou não. As linhas 4-amarela e 5-lilás, do metrô, devem funcionar normalmente porque são operadas pela iniciativa privada.

Os cerca de 14 mil ônibus municipais que transportam 4 milhões de pessoas diariamente na capital devem parar, segundo o sindicato da categoria. Já as lideranças dos trabalhadores dos intermunicipais e de ônibus da região metropolitana de São Paulo dizem que os trabalhadores estão liberados para decidir se aderem à paralisação.

Os sindicatos que optaram pela paralisação dizem que a adesão está mantida mesmo após a Justiça conceder liminares determinando que seja mantido o serviço de transporte urbano, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento, e os serviços de trem e metrô (neste último caso, com 80% do efetivo).

A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio municipal de carros e liberar o uso gratuito das vagas de Zona Azul. As restrições de circulação para caminhões seguem valendo.

 

Educação: A greve vai atingir as redes municipal e estadual de ensino em São Paulo. Os professores foram convocados pelos sindicatos das categorias (Simpeem e Apeoesp) a participarem dos atos de protesto.

No setor privado, ao menos 33 escolas já manifestaram que vão parar, segundo informado no final da tarde de ontem pelo Sinpro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo).

Rio de Janeiro

Transporte: No Rio, a expectativa é de que os serviços de transportes não sejam tão afetados pela greve. O sindicato dos ferroviários informou que não haverá paralisação de serviços.

O Metrô Rio informou a operação será normal nas duas linhas da capital fluminense --embora os metroviários da Riotrilhos terem decidido parar, os funcionários do Metro Rio não aderiram formalmente à decisão sindical.

O sindicato dos rodoviários (que engloba os profissionais que trabalham em ônibus e BRTS da cidade) informou que, em assembleia, a categoria optou formalmente pela paralisação.

No entanto, a decisão de trabalhar ou não será dos funcionários nas garagens dos ônibus --o que, de acordo com a presidência do Sindicato, pode resultar em baixa aderência.

 

Educação: Segundo o Sepe (Sindicato dos Profissionais de Educação) a rede estadual, assim como a rede municipal da capital fluminense, terão paralisações de professores e demais servidores.

Belo Horizonte

Transporte: O metrô de Belo Horizonte não deve funcionar amanhã, porque os trabalhadores ligados ao Sindimetro (Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais) decidiram em assembleia que vão aderir à greve. Já os ônibus devem circular, segundo o STTRBH (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana), que informou apoiar a pauta de mobilizações, embora sem aderir à greve.

 

Educação: A paralisação dos trabalhadores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte já começou ontem e vai até amanhã, segundo o Sind-Rede BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal). Os educadores da rede estadual param amanhã, de acordo com o Sinpro Minas (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais) e a subsede regional do Sind-TE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais).

Curitiba

Transporte: Em Curitiba, ainda não há definição sobre a adesão dos trabalhadores do transporte coletivo. Integrantes do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) devem continuar a se reunir hoje nas garagens para discutir a paralisação.

Porto Alegre

Transporte: O Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul informou que os trens que operam na região metropolitana de Porto Alegre não irão funcionar durante as 24 horas de amanhã.

 

Educação: Professores da rede estadual de ensino aderiram à greve, segundo o CPERS (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul). Quem trabalha na rede municipal também se uniu à paralisação nacional, de acordo com o Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre).

Recife

Transporte: Os metroviários do Recife também anunciaram adesão à manifestação, e o metrô da capital pernambucana para a partir da 0h de amanhã. Já o sindicato dos motoristas de ônibus ainda não decidiram se vão aderir.

 

Educação: Osprofessores dos setores público e privado também decidiram paralisar as atividades.

Aracaju

Transporte: Os ônibus do transporte coletivo não devem circular na capital sergipana a partir da 0h, porque a categoria aderiu à greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju.

 

Educação: Trabalhadores públicos da área da educação também disseram que vão parar.

Maceió

Transporte: Os ônibus não devem circular em Maceió nesta sexta-feira, devendo voltar às ruas somente no sábado, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Alagoas.

 

Educação: Os professores de escolas públicas da capital alagoana foram orientados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação a aderir à paralisação.

Salvador

Transporte: Os ônibus de Salvador também ficarão sem circular amanhã segundo os trabalhadores.

 

Educação: Os sindicatos dos professores do estado e de professores universitários também decidiram se incorporar à greve.

Natal

Transporte: Cerca de 8.000 rodoviários do transporte urbano de Natal e Mossoró farão paralisação por 24 horas a partir da 0h desta sexta-feira, segundo a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística).

 

Educação: Já a direção do Sinte/RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública) informou que a categoria vai participar do ato unificado, a partir das 15h, em frente ao shopping Midway Mall, na zona Sul de Natal.

Fortaleza

Transporte: O Sintro-CE (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário) passou a semana em campanha para a categoria aderir à paralisação nacional e informou que vai participar da greve geral. Mas não disse quantos ônibus deixarão de circular em Fortaleza, nem o horário de início da greve.

 

Educação: Professores da rede pública de pelo menos 27 cidades do Ceará deverão aderir ao ato, segundo o Sindicato Apeoc (Associação dos Professores de Estabelecimentos do Ceará), incluindo a capital Fortaleza.

Teresina

Transporte: Segundo o Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Teresina), a categoria vai participar das manifestações, mas o transporte público vai funcionar normalmente.

 

Educação: Professores do Piauí aproveitarão o movimento de amanhã para entrar em greve por tempo indeterminado. Decisão tomada, segundo a presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí), Paulina Almeida, após tentativas sem sucesso de negociar reajuste salarial com o governo do estado.

O Sindeducação (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) convocou educadores da rede pública para uma assembleia geral extraordinária, às 8h30, para definir as próximas estratégias de mobilização da categoria. À tarde, professores vão participar das manifestações relativas à Greve Geral nacional, partir das 13 horas, na praça Deodoro.

 

Fontes: G1 / UOL Noticias / Terra.