Sindifícios foi procurado na quintafeira, 09 de maio, por nada menos que 30 mulheres, ascensoristas no Banco do Brasil, que estavam com os salá-rios atrasados. Elas são funcionárias de uma empresa terceirizada que presta serviços para o Banco, instituição que terceiriza parte de seus serviços As ascensoristas foram atendidas de imediato pelo presidente do Sindicato, Paulo Ferrari, ao lado de assessores, diretores e advogados que se reuniram para entender a situação vivida pelas trabalhadoras e buscar o mais rápido possível uma solução De acordo com as ascensoristas, a empresa havia sumido desde a data do último pagamento. “Buscamos ajuda do Sindicato, porque não sabemos como agir; a terceirização está cada vez pior, pois tratam o trabalhador como um lixo”, afirmou umas das ascensoristas.
Outra funcionária disse que o Banco já trocou de terceirizada umas cinco vezes e que a maioria deixou o Banco e as funcionárias na mão: “Vejo que muitas pessoas saem de seus empregos e dão entrada numa casa; estou há 14 anos nesse Banco e não consigo comprar um pneu”.
Enquanto as reclamações eram ouvidas, representantes do Sindicato tentavam contato com o Banco, inclusive dois diretores compareceram pessoalmente à agência, mas ninguém foi atendido. “A maior mentira é dizer que eles não têm responsabilidade sobre elas; é o que acontece nos edifícios que terceirizam: quando a empresa some, os encargos trabalhistas vão direto para o condomínio pagar, não tem como fugir”, explica Paulinho. Felizmente, antes de entrar com qualquer medida judicial, a empresa realizou com atraso o pagamento; mesmo assim, estamos de olho nessa empresa terceirizada e também no Banco que, ao contrário do que pensa, é responsável pelos encargos no caso de omissão da empresa terceirizada.